ABSTRACT
Exposure to stress and undernutrition alone are important risk factors in the development of neurobehavioral disorders. However, few studies focus on how chronic postnatal stress affects adaptive behavioral response to undernutrition in utero. OBJECTIVE: to investigate whether chronic postnatal stress exposure constitutes a risk factor in addition to undernutrition in utero to developing neurobehavioral disorders in young rats. METHODS: we evaluated the overall activity in the Open Field, and anxiety in the Elevated Plus Maze of male Wistar rats (35 days) from dams submitted or not to food restriction (50%) throughout pregnancy and exposed or not to restraint stress (single sections 1 h/day, 5 days/week for 2 weeks from weaning). RESULTS: postnatal stress and undernutrition in utero, alone and in combination, did not cause changes to the young rats behavior, except for a decrease of locomotion in the central and middle zone of the Open Field in the offsprings subjected to undernutrition in utero. The postnatal stress, alone and in combination, did not change the activity in Elevated Plus Maze. However, the time spent in the open arms decreased while the time in the closed arms increased in undernourished rats in utero. The anxiety index was decreased by undernutrition in utero. CONCLUSION: the absence of behavioral changes in young rats exposed to undernutrition in utero in association with chronic postnatal stress suggests that the physiological changes that lead to anxiogenic condition induced by undernutrition in utero alone take place mainly during the postnatal development
Exposição ao estresse e desnutrição, isoladamente, são importantes fatores de risco no desenvolvimento de transtornos neurocomportamentais. Entretanto, poucos estudos focam como o estresse pós-natal crônico afeta a resposta comportamental adaptativa à desnutrição in utero. OBJETIVO: investigar se a exposição pós-natal crônica ao estresse constitui-se em fator de risco adicional à desnutrição in utero para o desenvolvimento de transtornos neurocomportamentais em ratos jovens. MÉTODOS: avaliou-se a atividade geral, em Campo Aberto, e a ansiedade, no Labirinto em Cruz Elevado, de ratos machos Wistar (35 dias) provenientes de ratas submetidas ou não à restrição alimentar (50%) durante toda a prenhez, e expostos ou não ao estresse de contenção (seções únicas 1 h/dia, 5 dias/semana, durante 2 semanas a partir do desmame). RESULTADOS: o estresse pós-natal e a desnutrição in utero, isoladamente e em associação, não determinaram alterações no comportamento de ratos jovens, exceto pela diminuição da locomoção na zona central e mediana do Campo Aberto em proles submetidas à desnutrição in utero. O estresse pós-natal, isoladamente e em associação, não alterou a atividade no Labirinto em Cruz Elevado. Entretanto, o tempo de permanência nos braços abertos diminuiu enquanto o tempo nos braços fechados aumentou em ratos desnutridos in utero. O índice de ansiedade foi diminuído pela desnutrição in utero. CONCLUSÃO: a ausência de alterações comportamentais em ratos jovens expostos à desnutrição in utero em associação ao estresse pós-natal crônico sugere que as alterações fisiológicas que levam à condição ansiogênica induzida pela desnutrição in utero, isoladamente, têm lugar principalmente durante o desenvolvimento pós-natal